Maçons Santos dos Últimos Dias: 2021

By David Marques [04 de Setembro de 2021]
INTRODUÇÃOMeus caros irmãos e irmãs de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e outros muitos de nossos queridos amigos simpatizantes e saudavelmente curiosos [cristãos ou não / maçons ou não], escrevo este ensaio com intuito de sustentar um pequeno trecho de uma entrevista que tive a honra de participar recentemente, no canal ZionCast no YouTube (aprox. 10 min. [entre 00:55:42 e 01:05:36]), canal este idealizado e voltado com conteúdos e foco principal ao incentivo dos jovens santos dos últimos dias servirem no campo missionário, onde, por um curtíssimo espaço de tempo, fui inteligentemente indagado e consequentemente teci esclarecimentos sobre a fraternidade maçônica da qual faço parte, defendendo que integrar a franco-maçonaria é algo nobre, bom e louvável.

**Obs. IMPORTANTE: A priori, a fim de garantir uma melhor contextualização e doce harmonia com o tema enquanto desfruta da agradável leitura deste artigo, recomendo seguramente, agora mesmo, antes de juntar-se comigo na continuidade do estudo deste texto, que não deixe de assistir o breve trecho no YouTube da entrevista supracitada, como parte desta nossa ímpar Cruzada e interessante Jornada! (clique no link na imagem abaixo)

Em tempo ainda, também indico, para um melhor aprofundamento, que oportunamente estudem um dos Tópicos da História da Igreja sobre a Maçonaria no app da Biblioteca do Evangelho; vejam a série "Now you Know" (Agora Você Sabe) sobre a Maçonaria do canal oficial da Igreja no YouTube [em inglês ou legendado]; leiam os muitos artigos esclarecedores neste blog, escritos por alguns membros da igreja brasileiros que também são maçons; acompanhem as postagens nas Redes Sociais @Macons.SantosDosUltimosDias [Facebook e Instagram]; e por fim, não menos importante, sugiro também uma consulta à página do GOB (uma Potência Maçônica Brasileira reconhecida).

Agora, partindo do pressuposto que já tenha visto o trecho da entrevista recomendada acima, voltamos a nossa prazerosa viagem, onde minha saudável intenção é somar alguns comentários e embasamentos em formato de “Perguntas & Respostas”, por mim organizado em 04 pontos que entendo ser necessário ser alvo de serem pacificados, especialmente em nosso meio religioso. Meu estandarte aqui visa minimizar e um dia quem sabe “desintegrar o preconceito” que infelizmente ainda perdura (embora não deveria, tal como comprovo neste texto), a despeito de um “átomo" ser muito "mais fácil” destruir 😀rsrsrs (parafraseando Albert Einstein).

PERGUNTAS & RESPOSTASQUATRO PONTOS FUNDAMENTAIS QUE TODO MEMBRO DA IGREJA DEVERIA SABER

1) UM MEMBRO DA IGREJA PODE SER MAÇOM?

R. SIM. Há compatibilidade e não deveria haver qualquer discriminação, preconceitos ou críticas a membros da igreja que ingressam na Ordem Maçônica. Trata-se de uma questão pessoal. Muitos líderes e membros da Igreja em geral, foram e são maçons atualmente, o que é motivo de grande honra para eles, e eu me incluo e compartilho do mesmo sentimento.
Caso você ainda não tenha conhecido um maçom pessoalmente, um dos possíveis motivos é que alguns são mais discretos/conservadores, preferindo o anonimato quanto a sua filiação na Franco-Maçonaria, geralmente assim procedem pra protegerem-se da ignorância e cegueira de alguns que os cercam, temendo serem ignorados, perseguidos, desprezados, ridicularizados por aqueles que não entendem ou, simplesmente, tratados com diferença; no entanto, por outro lado, a despeito disto, há aqueles que encaram este cenário desafiador, ainda que poucos, mas crescendo gradativamente, e decidem não ocultar que são maçons, inspirados no efetivo combate ao preconceito que tal autorevelação pode impactar, realmente resultando na desmistificação e pacificação do tema.**

**Observação aos meus irmãos Maçons: Muito embora eu respeite aqueles que optam pela discrição e de certa forma mantém "segredo" de sua iniciação maçônica, neste momento, aproveito o ensejo pra falar especificamente pra estes meus irmãos maçons que amedrontados, adotaram assim se precaverem; quem sabe até conseguir inspirá-los a reverter este curso, pois entendo que temos uma parcela de culpa nesta predominante ignorância e preconceito, mal este nascido também porque muitos maçons são omissos/neutros: Gostaria de sinceramente encorajá-los a refletir se tal comportamento retraído não deveria ser reconsiderado. Penso que esta cautela exagerada e extenso silêncio, diante dos muitos desentendimentos e pontos de vista distorcidos que há contra a maçonaria, especialmente no Brasil, faz com que permaneça nas mentes apáticas e, as vezes indolentes, o fantasioso "folclore" da não possibilidade de alguém frequentar a franco-maçonaria, inclusive a falsa ideia de que ela estaria ligada a cultos/rituais satânicos ou em conspirações de domínio mundial; este tipo de negativo conservadorismo por parte desses meus irmãos também pode ser interpretado como conivência à leitura enganosa de incompatibilidade a bons costumes cristãos que nos fazem, e até rotulada como sinal de vergonha, como se ser maçom fosse algo errado e moralmente incorreto, causando algum tipo de escrúpulo exacerbado. Este perfil neutro, influencia o retrocesso, bem como a permanência deste cenário duvidoso e maléfico que a massa tem de nós. De fato, "o silêncio dos bons [é preocupante]" (Martin Luther King Jr. - um pastor batista e ativista político estadunidense), pois não seriam tão "bons" assim, caso continuem escolhendo por se omitirem ou "[não fazerem nada], já que este mal [, camuflado de preconceito e ignorância, continua triunfando!]" (Edmund Burke - filósofo, teórico político e orador irlandês); a sociedade em triste cenário de ataques a ordem maçônica, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer." (Albert Einstein - físico, matemático, professor e ativista político - FITZHENRY, Robert I. The Harper Book of Quotations, 1993)
A Presidência da Área Brasil reforçou que “a escolha de se tornar Maçom é um assunto pessoal. Não [deveria existir] nenhum tipo de discriminação na Igreja quanto à associação de seus membros à Maçonaria.”(Presidência da Área Brasil - Carta aos Presidentes de Missão e Presidentes de Estaca - 12 de fevereiro de 2009 – Charles Didier, Ulisses Soares e Stanley G. Ellis)
Em 18/12/2019, na série "Now you Know" (Agora Você Sabe) do canal oficial da igreja no YouTube (em inglês), é bem explicado que "Os membros da Igreja são livres para explorar a Maçonaria ou qualquer outra organização que incentive a boa cidadania e, que eleve e melhore seus membros."(Canal oficial da Igreja no YouTube [em inglês ou legendado])
Uma declaração feita pelo Presidente Antony W. Ivins, da Primeira Presidência da Igreja em 1934 sob a liderança do então Presidente Heber J. Grant, mostra claramente que não há uma proibição da Igreja contra a Maçonaria: "[A Igreja de Jesus Cristo] não tem disputas com a Maçonaria ou qualquer outra organização que seja formada para um propósito justo (...). Um maçom que pode se tornar um membro da Igreja [de Cristo] não é de forma alguma impedido de se afiliar à sua loja [maçônica] (...)." (Presidente Antony W. Ivins, da Primeira Presidência - Livro: The Relationship of Mormonism and Freemasonry)
Spencer W. Kimball, em uma reunião com o Mestre Principal da Grande Loja do Lago Salgado (Utah) em um hotel de propriedade da Igreja afirmou: “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias nada tem contra qualquer organização que pratique atos louváveis”. Em contra partida o Mestre Principal disse: “A Maçonaria de Salt Lake City nada tem contra A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”. (Cesóstre Guimarães de Oliveira, pesquisador e escritor - "O Nascimento do Mormonismo e Sua Relação com a Maçonaria")
Evidentemente a boa relação entre os membros das duas instituições está bem embasada neste relato histórico contado pelo Presidente Gordon B. Hinckley, quando citou que "após [visitar o Profeta Joseph Smith], o Grão Mestre Maçônico do Estado de Illinois escreveu: "Sobre o assunto religião, diferimos grandemente, mas ele parecia ter boa vontade em permitir que eu gozasse o meu direito de opinião, como acredito que todos nós deveríamos ter, deixando os Mórmons gozar o seu. Imaginem a minha surpresa ao encontrar, ao invés do impostor, tirano e ignorante, um companheiro inteligente e perspicaz e um homem cavalheiresco."(Presidente Gordon B. Hinckley, Livro: "Quem são os Mórmons?" pg. 137.)

2) NÃO HÁ UMA PERGUNTA NA RENOVAÇÃO DE RECOMENDAÇÃO PARA O TEMPLO QUE INDICA UMA RESTRIÇÃO?

R. NÃO. Alguns líderes e membros brasileiros as vezes, por equívoco, interpretavam que a Maçonaria poderia ser um grupo que se opunha ao evangelho da qual uma pergunta da renovação da recomendação ao templo indicava que não devemos fazer parte, no entanto, obviamente é um grande erro enquadrar a Ordem Maçônica como opositora, uma vez que sua filosofia muito se compactua com a do evangelho, e muitos profetas, apóstolos e membros em geral ingressaram nela, mostrando claramente que a enxergaram como uma instituição honrosa e virtuosa. É incrível que como parte dos ajustes inspirados revelados ao Presidente Russel M. Nelson, esta pergunta tenha sido reformulada, trazendo ainda mais clareza quanto a sua intenção e propósito, e evitando qualquer mal-entendido aconteça, como o supracitado, evidenciando uma visão muito mais abrangente, isto é, a preocupação com quem adota ensinamentos e práticas contrários a Igreja, independentemente se individual e/ou em um grupo ou movimento.
Pergunta 7: “Você apoia ou promove quaisquer ensinamentos, práticas ou doutrinas que sejam contrários aos aceitos por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias?”(Presidente Russel M. Nelson, Conf. Geral OUT/2019)
Numa Enciclopédia de grande credibilidade é explicado que "A filosofia e os principais princípios da Maçonaria não são fundamentalmente incompatíveis com o ensino, teologia e doutrinas dos santos dos últimos dias. Ambos enfatizam moralidade, sacrifício, consagração e serviço, e ambos condenam o egoísmo, o pecado e a ganância." (Enciclopédia do Mormonismo- Francomaçonaria e o Templo)
Na série aqui já citada do canal oficial da igreja no YouTube, lemos que "[A Maçonaria] promove a lealdade e a moralidade e convida seus membros a buscar conhecimento e oportunidades de servir ao próximo. (...) As cerimônias maçônicas promovem o auto aperfeiçoamento, a fraternidade e a caridade como um meio de criar uma sociedade melhor."(Canal oficial da Igreja no YouTube [em inglês ou legendado])
Aprendemos também no Tópico do Evangelho sobre a Maçonaria que “as cerimônias maçônicas promovem o aprimoramento pessoal, a irmandade, a caridade e a fidelidade à verdade para o propósito de melhorar os homens, que por sua vez tornam a sociedade melhor. Durante as ordenanças do templo, homens e mulheres fazem convênio com Deus de obedecer a Suas leis para o propósito de ganhar a exaltação por meio da Expiação de Jesus Cristo. Os rituais maçônicos transmitem instruções estágio por estágio, usando dramatização, gestos e roupas simbólicas, com o conteúdo baseado em lendas maçônicas. A investidura emprega dispositivos didáticos semelhantes, mas se baseia principalmente nas revelações e traduções inspiradas dadas a Joseph Smith para seu conteúdo." (Tópicos da História da Igreja: Maçonaria)
Publicado no jornal Deseret News, uma holding de propriedade da Igreja, temos uma entrevista com Glen Cook, um membro da Igreja que na época também era o Grão-Mestre da Grande Loja de Utah, onde ele enfatiza que “para os Santos dos Últimos Dias fiéis (...) a Maçonaria deve ser um complemento à sua fé e não uma barreira ao seu exercício.”(Jornal Deseret News - Um maçom mórmon: O novo Grão-Mestre)

3) PRECISA-SE DE TEMPO PRA ATUAR NA MAÇONARIA.
UM MEMBRO DA IGREJA CONSEGUIRIA ASSUMIR MAIS ESTA RESPONSABILIDADE?

R. DEPENDE. Tomando por exemplo, o Profeta Joseph Smith, além de Membro da Igreja e Presidente da mesma, também era Marido e Pai, Mestre Maçom, Estudante, Prefeito, Empresário, Redator do Jornal, General-de-Divisão, Comandante da Legião e Juiz Supremo do Tribunal Municipal. A questão é que gestão de tarefas e produtividade é uma temática de aprimoramento pessoal, ou seja, um indivíduo precisa ter disciplina e planejamento pra gerir eficientemente a ocupação do seu tempo pra ser de fato eficaz na família e na sociedade. Mas algumas vezes, aquele que diz não ter tempo, na verdade trata-se de uma "resposta fabricada" como “muleta” pra esquivar-se de responsabilidades e compromissos adicionais, que o tirariam de sua zona de conforto, talvez desconhecendo que a excelência de fato está na zona desconfortável. Muitas pessoas estão ocupadas, mas inadvertidamente e por vezes sem perceber, estejam minando seu tempo com atividades que não agregam, com distrações em excesso. Devemos nos ocupar em "boas causas" e, ao contrário do que alguns dizem, crescemos muito com o acréscimo de responsabilidades nobres, quando equilibradas e elencadas nas devidas prioridades.
Na Seção 58 de Doutrina e Convênios somos lembrados de nosso dever: "Em verdade eu digo: Os homens devem ocupar-se zelosamente numa boa causa e fazer muitas coisas de sua livre e espontânea vontade e realizar muita retidão. Pois neles está o poder e nisso são seus próprios árbitros. E se os homens fizerem o bem, de modo algum perderão sua recompensa. Mas o que nada faz até que seja mandado e recebe um mandamento com o coração duvidoso e guarda-o com indolência, é condenado." (D&C 58:27-29)
Na famosa “Lei de Parkinson”, revelada pela primeira vez em 1955 pelo historiador Cyril Northcote Parkinson no The Economist, Parkinson salienta que “O homem mais ocupado é o que tem mais tempo livre.”
(Cyril Northcote Parkinson, historiador)
Como diz a escritora Kátia Lima: "Quando precisar da ajuda de alguém para algo muito importante, peça a uma pessoa ocupada. Estranho? Não. Os ocupados são disciplinados, objetivos. Já os desocupados, tem tempo de sobra mas são preguiçosos e indolentes na mesma medida."
(Kátia Lima, escritora)
A frase do filósofo grego Sócrates, provavelmente citada há pelo menos dois mil e quatrocentos anos atrás, ainda é atual, pois muitos se ocupam com atividades desnecessárias ou que nada somam: "Tome cuidado com o vazio de uma vida ocupada demais."
(Sócrates, filósofo grego)
No entanto, pra evitar a sobrecarga penosa e tropeços claudicantes, faz-se necessário bom planejamento, como ensinou o Elder L. Tom Perry, Dos Doze: “Vi famílias e pessoas caírem em armadilhas (...) [por assumirem] um número excessivo de compromissos em atividades, aulas, clubes, (…) esportes. Embora a participação em organizações dessa natureza possa certamente ser algo bom, o envolvimento nelas pode se tornar algo frenético quando não há planejamento. Ao deixarmos de planejar, perdemos de vista nosso destino eterno.”(Élder L. Tom Perry, A Liahona FEV/2009, pag. 10.)
Não havendo boa gestão do primordial (Família, Profissão e Religião), este indivíduo certamente está desorientado, sem foco no "destino eterno", ausente de prioridades louváveis, preso nas "armadilhas" de desperdício de tempo, na rede da improdutividade e naufragado em excesso de distrações, evidentemente resultando em "falta de tempo para o envolvimento em quaisquer outras associações." (Presidência da Área Brasil - Carta aos Presidentes de Missão e Presidentes de Estaca - 12 de fevereiro de 2009 – Charles Didier, Ulisses Soares e Stanley G. Ellis), pois sabemos que "falta de tempo é desculpa [ou resultado] daqueles que perdem tempo por falta de planejamento." (Albert Einstein - físico, matemático, professor e ativista político). Ademais, caso alguém hipoteticamente tivesse "participação em ambas organizações", o que dificilmente seria o caso, por estar pendentes com estas gritantes deficiências tal como descritas, bastante inadequadas e não resolvidas, obviamente correria o triste risco de fragilizar "sua lealdade e compromisso ao evangelho." (Presidência da Área Brasil - Carta aos Presidentes de Missão e Presidentes de Estaca - 12 de fevereiro de 2009 – Charles Didier, Ulisses Soares e Stanley G. Ellis), ou seja, enquanto este caótico cenário não mudar, esta pessoa não deve flertar em fazer parte da ordem maçônica, por ainda ter dificuldades de gerir o básico, ainda mais considerando que muito que provavelmente nem seria aceito, muito menos convidado a fazer parte, ao menos enquanto perdurar seus desafios de atentar-se e cuidar do fundamental, pois a Maçonaria preza por esta base sólida e firme, tal como a Igreja, logo, um líder do sacerdócio digno, inspirado e sensível ao espírito facilmente identificaria que uma pessoa cambaleante, com estas sérias dificuldade precisaria de ajuda urgente pra viver o evangelho no lar e na Igreja, e de igual modo, um Mestre Maçom sábio, nem cogitaria ponderar a possibilidade de convidá-lo à compor a Ordem, ou caso equivocadamente tal pessoa já esteja sendo "investigada" através de uma sindicância minuciosa que todo candidato ao ingresso na ordem tem de passar, seria prontamente considerada inapta pelos sindicantes designados e/ou quadro da loja, até que um dia futuro entenda, caso este dia chegue, da qual esteja restabelecido em suas prioridades primordiais e seja efetivo em nutrir sua base, como prioridade máxima.
Mas pra aqueles que já tem feito boa gestão de suas responsabilidades familiares e profissionais, além de também estar se dedicando por "consagrar-se ao Senhor e Sua igreja", (...) [que certamente precedem] qualquer envolvimento em organizações criadas pelos homens."(Presidência da Área Brasil - Carta aos Presidentes de Missão e Presidentes de Estaca - 12 de fevereiro de 2009 – Charles Didier, Ulisses Soares e Stanley G. Ellis), como por exemplo a maçonaria, e desejam dar um passo adiante em seu progresso moral, bem como contribuir no fortalecimento da sociedade em que está inserido, então caso oportunamente ingresse na fraternidade maçônica neste honroso acréscimo de responsabilidades, poderá ter grande êxito, tal como prometeu o Presidente Henry B. Eyring, se "pormos os desígnios de Deus em primeiro lugar [em nossa vida], [Ele] nos concederá milagres. (…) As paredes aparentes da prisão da ‘falta de tempo’ começarão a ruir, mesmo ao recebermos responsabilidades adicionais.” (Presidente Henry B. Eyring, Ensign OUT/2002.)
Diante do explicado, fica claro que uma pessoa bem resolvida e com boa gestão de seus deveres básicos, as responsabilidades adicionais louváveis vem pra somar e fortalecer, tal como compartilhou o Presidente James E. Faust: “Desde que estive no Egito, durante a Segunda Guerra Mundial, tenho-me interessado por ruínas antigas. É fascinante observar a razão por que algumas colunas ainda estão em pé, enquanto outras já caíram. As que ainda não caíram, geralmente permaneceram porque têm que aguentar um peso em cima.”
(Presidente James E. Faust, Ensign NOV/1980.)

Uma vida de facilidades é esforço contínuo das trevas, que "procura nos confundir[,] enganar, [e] atrair-nos para um caminho mais fácil (…)." (Dallin H. Oaks, Conferência Geral OUT/2004) O caminho da excelência é desafiante, ao mesmo tempo nobre: "Os melhores caminhos a serem percorridos raramente são os mais fáceis. Muitas vezes, é exatamente o contrário." (Élder Carlos A. Godoy, Conferência Geral OUT/2014) "Fazer qualquer coisa de forma correta exige esforço." (Presidentes Russel M. Nelson, Conferência Geral ABR/2021)

4) SER MEMBRO DA IGREJA JÁ NÃO OFERECERIA O SUFICIENTE PARA SERVIR E APRENDER,
SEM QUE TENHA QUE FAZER PARTE TAMBÉM DE OUTRAS BOAS ORGANIZAÇÕES, COMO POR EXEMPLO, A MAÇONARIA?

R. NÃO. Inspirados na 13º Regra de Fé, o membro da igreja deveria buscar contínua e incessantemente conhecimentos em todos os campos e se envolver em toda causa nobre possível, o que provavelmente já seja uma realidade na vida de todo membro fiel que atue ativamente na Igreja, no entanto, não se limita as iniciativas da Igreja. Há muito bem que pode ser feito na sociedade por iniciava individual e/ou agrupados em instituições louváveis, sendo a maçonaria apenas uma dessas opções que otimizam estas benfeitorias e aprendizado.
O maçom e Profeta Joseph Smith escreveu ao redator John Wentworth do Chicago Democrat, saudavelmente também influenciado pela filosofia maçônica, escritos estes que mais tarde compôs o nosso Canôn de escrituras: "Cremos em ser (...) benevolentes (...) e em fazer o bem a todos os homens; (...) Se houver qualquer coisa virtuosa, amável, de boa fama ou louvável, nós a procuraremos."(13º Regra de Fé)
E complementou: "(...) cremos ter o direito de aceitar toda e qualquer porção da verdade, sem restrições, e sem sermos limitados ou proibidos pelas crenças ou idéias supersticiosas dos homens (...)."(Profeta Joseph Smith, Manual 'Ensinamentos dos Presidentes')
O maçom e Presidente Brigham Young conclamou que "(...) cremos em tudo o que é bom. Se puderem encontrar uma verdade nos céus, na Terra ou no inferno, (...) nela cremos; (...) nós a reivindicamos. (...) A religião de Jesus Cristo [proporciona] todo o incentivo e persuasão possíveis para que [as pessoas] cresçam em conhecimento e inteligência em todos os ramos (...). Devemos ser um povo de aprendizado profundo no que diz respeito às coisas do mundo. (...) [Devemos estar] sempre dispostos a receber a verdade, venha de onde vier, não faz a menor diferença."(Discursos de Brigham Young, pg. 2, pg. 11, pg. 247 e pg. 254)

Ele também ensinou que pra alguém ser Sião, além da pureza de coração [D&C 97:21], deve trazer à sua vida, filosofia e ciência de toda parte: "Que Sião possa habitar espiritualmente no coração de cada pessoa (...). e que devemos "trazer a [este coração-Sião] (...) ciências e filosofia, onde quer que [encontremos] em meio a toda nação, raça, língua ou povo (...)."

(Discursos de Brigham Young, pg. 118 e pg. 248)

Um estudo publicado no "Review of Religious Research" diz que enquanto um maior grau de conhecimento intelectual diminui a religiosidade e fé de pessoas de diferentes crenças, este não é o caso para os Santos dos Últimos Dias, que se tornam mais fiéis quando possuem mais conhecimento.

(Mormons more faithful with more education; Katherine Orgill on May 5, 2015; The Digital Universe. - Citado na página Intérprete Nefita)

O Guia Pregar Meu Evangelho deixa claro que “o evangelho pode resolver QUASE todas as perguntas ou necessidades.”(Guia ‘Pregar Meu Evangelho’, pag. 112.)
Na já citada série "Now you Know" (Agora Você Sabe) do canal oficial da igreja no YouTube [em inglês], aprendemos que “os santos dos últimos dias acreditam que o bem pode ser encontrado em muitos lugares.”(Canal oficial da igreja no YouTube [em inglês ou legendado])
O Presidente Gordon B. Hinckley lembrou que "a verdade deve ser procurada em todos os campos."(Presidente Gordon B. Hinckley, Livro: "Quem são os Mórmons?" pg. 137.)

O Élder Joseph B. Wirthlin, dos Doze nos incentivou: "(...) Se procurarmos as coisas virtuosas e louváveis, certamente as encontraremos.”

(Élder Joseph B. Wirthlin, A Liahona, julho de 1992, p. 91.)
O Profeta Joseph Smith, por fazer parte da fraternidade maçônica, dizia que "[sentia-se] bem como nunca (...)."(Carta de Heber C. Kimball para Parley P. Pratt, 17 de junho de 1842, Church Archives. por David John Burgers em The Mysteries of Godliness: A history of Mormon Temple Worship, p. 40)
E quando o Profeta Joseph Smith participava de uma sessão maçônica, manifestava muita alegria em seus relatos: "O dia [tinha sido] muito bom; todas as coisas foram feitas em ordem, e a satisfação universal foi expressa." (Profeta Joseph Smith. Diary. History of The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, Vol. 4, Ch. 32)
Conversando com um irmão maçom recentemente logo após uma reunião maçônica, ele admitiu que participar das reuniões maçônicas semanais sempre serviu como uma válvula de escape do estresse diário, um momento de alívio e renovação, uma oportunidade de reciclagem. Noutra oportunidade um irmão maçom me escreveu que nas interações com os seus irmãos na maçonaria percebe-se uma prática do sentido real de irmandade, de realmente importar-se uns com os outros. Outro admitiu que o estudo da filosofia maçônica otimizou sua capacidade de ponderar e meditar. Meu padrinho na Ordem acredita que se tornou realmente tolerante com as outras religiões e outras crenças. Um confessou que se tornou uma pessoa mais tolerante e paciente com os erros da natureza humana, o que inclui seus próprios erros, e que percebe que atualmente aceita todos como são, os ama incondicionalmente, e agradece por tê-los todos em sua vida.
CONCLUSÂO

Oro e espero que verdadeiramente as respostas e embasamentos aqui trazidos possam abrandar/instruir o crítico desinformado e satisfazer/somar o humilde pesquisador, de modo que este tema ímpar alcance gradual e acelerada pacificação, rompendo gradativamente o orgulho, preconceito e ignorância; a tão sonhada libertação da "escravização [de] ideias falsas" imputadas pela "Grande e Abominável Igreja (...) cujo fundador é o diabo (1 Néfi 14:17)." (Dallin H. Oaks, A Liahona MAR/2015) Este nosso Inimigo comum, procura nos afastar de tudo que é bom e louvável, "ele procura nos confundir e enganar (...) nos [afastando] de nosso destino celestial." (Dallin H. Oaks, Conferência Geral OUT/2004)

No que diz respeito a apaziguar os ataques e esclarecer a missão e filosofia da eminente fraternidade maçônica, em defesa às críticas infundadas e insustentáveis como fruto de tradição/cultura retrógrada e/ou oriundas de desinformação, e até mesmo por enganos orquestrados estrategicamente sob influência de Lúcifer e seus seguidores, este artigo se mostrou digno de ser alocado em significativa posição, como mais uma das muitas iniciativas voltadas a içar o estandarte contra "a maior dificuldade que temos de enfrentar[,] denominada de ignorância ou a falta de conhecimento das pessoas."

(Discursos de Brigham Yong, pg. 247)

Pois "[aqueles que adquirem conhecimento] (...) são imediatamente libertados das correntes da superstição, fanatismo, ignorância e artimanhas sacerdotais. (...)."
(Profeta Joseph Smith, Manual 'Ensinamentos dos Presidentes')

Na máxima sagrada de que “é impossível ao homem ser salvo em ignorância.”
(Doutrina e Convênios 131:6)

Sendo assim, caro leitor, espero verdadeiramente que eu o tenha auxiliado a ter mais luz, alguma parcela de redução da ignorância em um ou outro aspecto, reciclado e aprofundado seu conhecimento e cooperado com o contínuo aprendizado, talvez até algo adicional nesta leitura, atingindo a incrível meta de excelência de que "todos [devemos] aprender algo novo todos os dias!"
(Presidente Joseph Fielding Smith, Manual 'Ensinamentos dos Presidentes', pg. 148)

Atenciosamente,

Irmão David Marques

Colaboradores

CARTA - MAÇONS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

QUATRO PONTOS FUNDAMENTAIS QUE TODO MEMBRO DA IGREJA DEVERIA SABER

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