Translator

MÓRMONS MAÇONS, INTROSPECÇÃO

Cesóstre Guimarães de Oliveira
cesostre@hotmail.com
 

Até quando você tentará nos chocar com suas palavras?
Esta pergunta me foi feita por um irmão Mórmon, que após ler meu texto "Mórmons Maçons, A Bem da Ordem Em Geral II", se dizendo indignado, definiu tudo que escrevo como “aberrações” doutrinárias. Ler este irmão, me fez refletir na possibilidade de iniciar um novo texto a partir de sua manifestação de descontentamento.
Para respondê-lo eu disse: minha vida é um livro aberto, se não gostar da leitura, por favor, coloque de volta na prateleira. Não sei se ele me entendeu, depois disto, não voltamos a nos falar, se isto tivesse acontecido teria sido uma gratificante oportunidade poder lhe explicar o contexto da frase, eu queria ter lhe dito que minha intenção foi somente esclarecer que não escrevo para agradar, o faço por entender que a verdade precisa ser externada a qualquer preço. Minhas palavras objetivam dar mais luz e verdade às pessoas “contaminadas” pelo “vírus” do preconceito e da ignorância.
Embora meu trabalho seja desprovido de sentimento egocentrista, saber que existem pessoas que se identificam com minhas afirmações [...] me preenche de inefável sentimento. Embora não esteja a buscar reconhecimento, confesso que ele me agrada. Mas que fique claro, quando escrevo, meu objetivo é de apenas compartilhar uma verdade, que em nome da fé de alguns, e por culpa de uns poucos, insiste em permanecer nos porões da intolerância.
Não posso, [...] e não quero ficar calado, já fiz minhas escolhas há muito tempo, não retrocederei em minhas palavras e ações, mesmo que a idéia de retroceder me ocorresse, não o faria, pois considero o retrocesso uma ação da incoerência, esta não se enquadra em minhas convicções. As manifestações contrárias a mim manifestadas são frutos que estou a colher [Vide Terceira Lei Newton], pois quem será o desatento que não sabe que mesmo o cultivo das rosas, [a rainha das flores], produz também cardos? Se por algum motivo eu tivesse que retomar meu projeto desde o inicio, confesso que repetiria as mesmas ações, pois minha jornada me atribuiu responsabilidades que considero inalienáveis.
Há alguns dias, quando recebi o e-mail de um irmão Mórmon, dizendo: “você é primeiro mórmon maçom disposto a falar francamente sobre esta relação, com quem tenho oportunidade de dirimir minhas dúvidas”, me senti preenchido por um gratificante sentimento de dever cumprido. São mensagens como esta que motivam a continuidade de minhas ações.
Somado a este incentivo, tenho as dúvidas dos quem me escrevem, é comum receber e-mails onde a pessoa me faz perguntas iguais ao questionamento de outro leitor Mórmon, [ainda não] Maçom, que desejava saber, se após iniciado, será obrigado [pela Maçonaria] a proceder como eu, ou seja, externar ao mundo que é Maçom, ele pergunta ainda se a Maçonaria lhe permitirá manter em oculto [pelo menos dos líderes da Igreja] sua condição de iniciado. Sempre que uma pergunta, neste contexto, é feita a mim procuro aconselhar que a pessoa deva ter uma conversa franca com os líderes locais, acredito na força da verdade, e, já que não vejo razões para alguém manter esta informação em sigilo, embora esta decisão seja de caráter pessoal, penso que uma conversa franca é um excelente procedimento. Mais se mesmo assim, o iniciado, preferir o silencio, o tranqüilizo afirmando que a Maçonaria não arbitra sobre esta decisão, somos livres para proceder conforme os ditames de nossa consciência.
Faço questão de que todos saibam, a forma como procedo é de minha livre escolha, e que, inclusive, durante os primeiros momentos de minha vida maçônica me mantive na mais completa e obscena [era assim que me sentia] clausura do anonimato. É importante que saibam, que quando Maçom, o individuo é livre para tomar suas decisões. É de livre escolha do iniciado, e não da Maçonaria, definir se tornar publica, ou não, a informação de que é um iniciado, nenhum Maçom é obrigado a externar para além dos umbrais da Maçonaria sua condição de iniciado.
Assim como fiz minhas escolhas, qualquer iniciado é livre para fazer as suas. Lógico que "ação e reação", é uma lei da física que também se aplica a este caso, como exemplo, trago as escolhas [ação] que fiz, elas me conduziram por caminhos que, talvez, a maioria dos mórmons maçons não estejam dispostos a trilhar [reação], mas sei que fiz a coisa certa, não existem arrependimentos. Fazer minhas escolhas significou abrir mãos de alguns objetivos, que se tornaram secundários em prol das novas prioridades, na verdade, nós fazemos escolhas diferentes a cada novo dia. Não pensem que estou a questionar as decisões dos mórmons maçons que preferem o anonimato, respeito suas escolhas, eles devem ter suas razões, eles fizeram suas escolhas, e em nossas diferentes esferas estamos a realizar a coisa certa.
O não iniciado que pleiteia ser Maçom, antes de qualquer outro pensamento, deve entender que ser Maçom significa fazer novas escolhas todos os dias, significa optar entre agir e cruzar os braços, digo-lhes mais, assim como no mundo externo, também na Maçonaria, a inércia não é virtude. Todo ser humano, independente de ser mulher ou homem, Maçom ou não Maçom, em algum momento da vida terá que fazer escolhas difíceis. Foi, e [a cada dia], estar sendo assim comigo, para cada novo dia, novas escolhas, dentre as escolhas, no contexto Mórmon Maçom, a que mais adversidades despejaram aos meus pés, foi a decisão de escrever sobre a enigmática relação da Igreja com a Maçonaria. Em virtude dos textos que tenho escrito, algumas vezes, posso notar uma sutil expressão de dissabor na face de alguns dos meus irmãos mórmons. Mas, mesmo esta reação, não é uma surpresa para mim, pois desde o inicio, eu soube que meu trabalho seria de grande desagrado para muitos.
Saber que nem todos aceitam a publicação desta verdade tão incômoda, que foi envolvimento de nossos primeiros líderes mórmons com a Maçonaria, de certo modo é um incentivo para mim. Vejo nesta reação um estimulo ao esclarecimento da verdade. Sou sabedor de que nem todos assimilam esta relação, sei em plena consciência que à grande maioria dos meus irmãos mórmons preferem que tudo isto se torne em inverdade, mas na impossibilidade disto acontecer, sentem-se felizes se permanecer em oculto.
Diferente do que alguém possa pensar, as manifestações contrárias não me incomodam, na verdade até considero um mal necessário, entendo a importância da oposição em todas as coisas. Eu mesmo algumas vezes já fui interpretado como oposicionista as explicações que são atribuídas aos nossos líderes, mas faço questão de frisar aqui que este pensamento não tem respaldo na verdade, os que vêem em mim um opositor não assimilam que algumas vezes minha abordagem apenas dar nova luz aos dogmas que não encontram respaldo no bom senso.
Penso que deixei evidente no início deste texto, que escrevo por acreditar que procedendo assim, estou ajudando a esclarecer algumas verdades implícitas. Sempre ao iniciar um novo texto, não deixo de me perguntar, como farei para ajudar meus irmãos mórmons [?], talvez por ter essa preocupação, em alguns momentos, minhas palavras parecem ganhar vida própria. Surpreendo-me com as conclusões que algumas vezes destoam daquilo que é aceito por padrão de verdade, os pensamentos fluem numa lógica que me deixa desconcertado, sem entender por que ele nunca havia me ocorrido. Esta falsa dualidade faz com que eu relute em publicar alguns de meus textos, pois temo, [pelo testemunho], pela reação daqueles que escolhem no que acreditar. Pessoas assim, não deixam espaços para o crescimento do conhecimento, e vivem uma vida limitada onde o saber é um mal que deve ser evitado. Os textos dos quais falo, [em minha compreensão], são verdadeiros elos perdidos da doutrina, são neles também, que no mais intimo silêncio da racionalidade, me arrisco a fazer afirmações que despretensiosamente objetivam corrigir opacas afirmações, que sem nenhum respaldo doutrinário, em sua defesa, apenas dizem: “estas são coisas do Senhor, por isso não discutimos sobre elas, [...?]”. Mas, como meu objetivo não é a discussão teológica, peço que perdoem meus devaneios, e retornemos ao que realmente [aqui] nos interessa.
Aprendi pela observação e consulta que a Maçonaria, de forma inconfundível, tem se mostrado uma instituição impar, ela desperta os mais profundos sentimentos de lealdade em seus membros, isto ao mesmo tempo em que é mal compreendida por aqueles que deveriam reverenciá-la, ela, a bem feitora da humanidade estar relegada a clandestinidade na vida de alguns. Esta injustiça ocorre, talvez, por que pareça incompreensível aos olhos dos intolerantes donos da fé, e por conta disto, algumas vezes tem sido motivo das piadas de mau gosto nas rodadas de riso fácil. Sinto-me sensibilizado pela falta de maturidade histórica de algumas pessoas. Eles não entendem que um grupo de homens reunidos, mesmo a portas fechadas, podem estar fazendo ou planejando algo de benéfico para a humanidade. Estes pobres ignorantes  desconhecem que os maiores benefícios relativos à liberdade do homem, foram primeiramente conquistados nas portas fechadas da Maçonaria [no Brasil: Independência e Proclamação da Republica]. Cegos pelo preconceito, feridos pela ignorância, é difícil para eles aceitarem que nos reunimos também, como forma de incentivo a uma vida de maior rigor religioso e familiar. Os “pequeninos” críticos [da Maçonaria] têm se convencido, e convencido a outros de que ela é uma obra do diabo, [como se a Maçonaria se envolvesse em questões religiosas], Deduzo que procedem assim, talvez, para se sentirem justificados por combater a mais antiga fraternidade humanitária registrada na história do homem. Eles não medem seus esforços para  combater aquilo que entendem ser o mal. Para eles, nenhuma distorção da verdade, nenhuma mentira, é grande o suficiente. Acreditam estarem justificados pelas obras, definem seu "trabalho" como "Santa Missão".
Apesar dos nossos esforços [maçons] para combater estes insanos sentimentos, a cada dia, mais e mais, indivíduos são contaminados pelos pensamentos absurdos que nascem e proliferam nas mentes dos carentes do raciocínio lógico. Inclusive, repetem-se na mesma abjeta afirmação de que a Maçonaria é um grupo religioso secreto que planeja dominar o mundo em preparação ao reinado terreno de Satanás.
Na contramão deste pensamento, eu pergunto: quem é o indouto que desconhece a afirmação que diz que para ser iniciado Maçom, o individuo estar obrigado a declarar sua crença na existência do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus? Como prova de sua incoerência, os doutores da lei, insistem em nos rotular de inimigos de Deus. Eles alegam que nem todos os maçons são cristãos e por isso a Maçonaria não pode ser uma organização boa para um cristão estar. Embora seja verdade que o cristianismo não seja absoluto em representação dentro da Maçonaria, isto não importa, pois não discutimos nossas crenças religiosas dentro de nossos templos, diferente de nossos trabalhos, escolas, faculdades, clubes sociais, [etc.], onde muitas vezes estas discussões finalizam longos anos de amizade e em alguns casos mais dramáticos, até mesmo casamentos. O cristão não Maçom convive com todos os seguimentos religiosos, mantendo relações comerciais até mesmo com os desafetos, porque então a diversidade religiosa dentro da Maçonaria deveria ser vista como algo ruim? Não sabem que agimos à margem das manifestações religiosas?
Já estar mais que comprovado, a Maçonaria não é contaria ao cristianismo, ou qualquer outro seguimento religioso, estamos acima desta discussão desagregadora. Aprenda isto: A Maçonaria não é satânica, a Maçonaria não é uma religião, a Maçonaria não ensina que a salvação vem pelas obras, pois este contexto é das religiões. Um cristão ao ser iniciado Maçom, dentre outras coisas, aprenderá a importância de fazer o bem, não porque isto signifique alguma forma de ganhar salvação, mas sim, por que esta é uma obrigação do ser racional.

A EXPIAÇÃO, UMA INTERPRETAÇÃO

Adelmar B. de Souza


 


 

Em 19 de fevereiro de 1982, quase exatos vinte e nove anos do dia em que escrevo este texto, visto que eu o faço no dia 18 de janeiro de 2011, um interessante discurso foi proferido por Cleon Skousen.

    Professor da BYU, funcionário aposentado do FBI e na época do discurso um palestrante.

    Este discurso, intitulado "A Expiação" é muito propagado entre diversos membros da Igreja. Alguns o têm como doutrina absoluta do Evangelho, mas lido à luz das escrituras e à luz dos próprios comentários do autor é possível tirar algumas conclusões diferentes.

    Eu poderia, como de praxe, começar minha explanação pelo início, mas preferi fazê-lo pelo fim:


 

  1. Jesus se tornou o Cristo na Cruz

    Jesus se tornou O Cristo na Cruz?

    Essa é a pergunta levantada quando lemos quase no final do discurso o seguinte parágrafo:

    "Jesus levantou a sua face e disse: 'está terminado. Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! ' e assim morreu. Naquele momento, Jesus tornou-se no Cristo."

    Vejamos bem este parágrafo, de acordo com Skousen, Jesus se tornou o Cristo no momento em que morreu na Cruz. Será que as escrituras concordam com isso? Será que o testemunho dos profetas concordam com isso? Vejamos então:

Comecemos por Apocalipse, onde é falado sobre os adoradores da Besta e onde é citado sobre o cordeiro:


"E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo." (Apoc. 13:8)

    Antes de seu nascimento, foi anunciado aos pastores pelos anjos:

"Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho.

E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor.

E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo:

Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor." (Lucas 2:8-11)

    Podemos ver na declaração dos anjos, que O Cristo, o Senhor havia nascido. Veja bem, que o chamado dele, seu título sagrado já lhe era imputado antes de sua crucificação, mesmo no ato de seu nascimento.

    Vejamos também o testemunho de Pedro sobre quem era Jesus antes mesmo da crucificação:

"E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." (Mateus 16: 16)

    Veja bem que Pedro declara: "Tu és o Cristo" e não "Tu serás" ou mesmo "Tu virás a te tornar", mas declara abertamente: "Tu és o Cristo".

    Se o testemunho de Pedro não é suficiente, podemos ver as próprias palavras de Jesus, que por várias vezes declarou quem era como no caso da mulher samaritana:

"A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo.

Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo." (João 4:25-26)

    Muito claro. Ele afirma ser O Cristo, vejamos que em todos os momentos que lhe foi possível, ele declarou seu chamado.

    Temos também a palavra do próprio Jesus, horas antes de sua crucificação:

"Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.

"Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu." (Mateus 26:63-64)

    Muitas pessoas não compreendem bem essa passagem, mas ao perguntar a Jesus se ele era o Cristo, Jesus respondeu ao Sumo Sacerdote: "Tu o disseste". Naquele tempo, isso era equivalente ao dizer sim. Por isso o Sumo Sacerdote rasgou suas vestes.

    Em Marcos, vemos a resposta de Cristo dada de uma maneira mais clara:

"Mas ele calou-se, e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar, e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?"

"E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu." (Marcos 14:61-62)

    Mais claro que isso não dá para ser, veja que o próprio Jesus declara: "Eu o sou". Ele não diz: "Me tornarei", mas "Eu o sou".

    Lembremos o significado da palavra "Cristo" que vem do grego "Crhistos" que tem seu significado equivalente no hebraico: "Meshiah", "Messias" que significa "O Ungido".

    Há um trecho em Atos, que gosto muito e é quando Pedro ousadamente fala sobre Jesus Cristo e mesmo sobre sua natureza de seu chamado Pré-mortal:

"Levantaram-se os reis da terra, E os príncipes se ajuntaram a uma, Contra o Senhor e contra o seu Ungido.

Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel;

Para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer."
(Atos 4:26-28)


 

    

    Lembremos que Cristo é um chamado no Sacerdócio, o mais alto abaixo somente de Deus. É um chamado do Sumo Sacerdócio e preside sobre todo o Sacerdócio na Terra e também nos céus, abaixo somente do próprio Deus.

    Vejamos novamente a frase de Skousen:

"Jesus levantou a sua face e disse: 'está terminado. Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! ' e assim morreu. Naquele momento, Jesus tornou-se no Cristo."

    Diante dessa afirmação de Skousen e da luz das escrituras expostas eu pergunto ao leitor:

    Quando Jesus se tornou o Cristo?

    Eu afirmo, diante da luz das escrituras citadas e também do meu próprio testemunho que ele sempre foi o Cristo. Escolhido e Ungido desde antes da fundação. O que ocorreu na Cruz foi à consumação de seu chamado e não sua ordenação.


 

  1. Deus está sujeito às Leis ou às Inteligências


     

Eu me preocupei muito em entrar neste tema. É algo bastante delicado, mas carece de uma observação. Continuarei, como informado abordando o discurso do fim para o início.

    Em outro parágrafo ele informa

"As inteligências do Universo, e o fato de que honram a Deus é aquilo que o torna Deus. O fato de que Ele se perde a sua confiança, Ele simplesmente cessa de ser Deus. Estas são as doutrinas básicas do evangelho restaurado, assim como Jacó 2 relata."

    Bom, se isso é verdade, então quem é o verdadeiro Deus? Pois vemos aí uma coisa muito intrigante.

Sabemos que há inteligências e que as mesmas são organizadas são organizadas em matérias refinada a qual chamamos espírito. Isso ocorre em um primeiro estado. Em seguida, esse espírito é então organizado em uma matéria um pouco mais consistente ao qual chamamos Alma.

E é declarado, nas escrituras e Skounsen em outro trecho também cita que havendo uma inteligência, sempre haverá uma maior que ela. E Deus é a maior de todas.

Também é dito que não há uma esfera onde não haja sido dada uma lei e também não há nenhuma esfera onde não haja uma inteligência. Aqui algo está claro: Há esferas de ação e dentro delas, inteligências que foram colocadas para agir dentro das leis a que essas esferas estão sujeitas.

Logo, se compreende facilmente algo: as inteligências, pequenas ou grandes, estão sujeitas às leis das esferas onde foram colocadas.

O não cumprimento de qualquer lei da esfera sob a qual a inteligência se encontra implica no cumprimento de penalidades da esfera. Ou seja, havendo uma inteligência e a mesma estando ciente das leis de sua esfera, conscientemente descumprir qualquer dessas leis, estará ela, a
inteligência, sujeita às penalidades da lei que conscientemente descumpriu. Parece redundante, e de fato o coloquei assim para frisar o que é de fato doutrina e que é apoiado de fato pelas escrituras.

Há um governo nos céus e ele é Teocrático. Algo que de fato deve ser entendido é que mesmo que os que houvessem caído fossem dois terços e não um terço, o Plano de Deus vigoraria, visto que Ele assim determinou. Uma instituição Teocrática é como uma instituição monárquica onde o soberano determina qualquer coisa e sua palavra e não o dos súditos vigora.

Sendo, portanto Teocrático este governo (A maior de todas as esferas) a não aceitação do Plano definido e do Redentor Ungido, implicou na penalidade de expulsão de todos os rebeldes e seu eterno cativeiro espiritual sem oportunidade de progresso.

Portanto, a maior de todas as inteligências também está sujeita às Leis de sua esfera. Veja que é dito nas escrituras, que Deus governa todas as inteligências e que todas estão sujeitas a ele e às Leis que ele determinou para cada esfera dessas inteligências.

Skousen diz:

"E tudo isto por desígnio! Esta era a missão de Jesus o Cristo. Ele sofreu tanto que quando ele interceder em nosso favor, por que nós fizemos o nosso melhor, através do arrependimento, que aquelas inteligências dirão: 'Bom, eles realimente não poderiam voltar, mas se tu queres! Afinal sofreste por eles, sim, eles podem entrar."

Isso não se encontra nas escrituras e não há lá nada que apóie essa afirmação, se assim for, Deus não é o governante, nem mesmo os que por ele serão designados a julgar e sim, as mais ínfimas e insignificantes inteligências.

Aqui fica a pergunta: Quem é o Deus?

    Em mais uma de suas citações, Skousen para afirmar sua posição, diz:

"Se ele não o fizesse, todas as outras inteligências lhe diriam 'Pai, agora que eles pecaram e regrediram em termos de glória, eles não podem voltar. Lembras-te de todas as leis que nos trouxeram de volta? Nós não conseguimos ser aquelas pessoas especiais, fomos graduados inferiormente! Lembras-te? Lembras-te das leis sobre as quais estavas sempre a falar? '"

    O próprio texto se contradiz. Veja que nas palavras dele as criaturas afirmam: "não conseguimos ser aquelas pessoas especiais, fomos graduados inferiores".
Ora, o próprio texto dele deixa claro que as inteligências que argumentam não progrediram e, por isso, foram graduadas inferiormente. Ora, como uma inteligência, que tendo a oportunidade de progredir não conseguiu fazê-lo, pode julgar ou sequer exigir algo? Se elas mesmo reconhecem não ter cumprido as leis das esferas sob as quais viviam como podem exigir algo da Inteligência que cumpriu todas as Leis?

    Lembremos que por revelação aprendemos que Deus é Deus por que cumpriu todas as leis das esferas sob as quais esteve até que cumpriu a maior lei da maior esfera e por isso governa todas as outras.

    Então aqui fica outra pergunta: Ao quê Deus está sujeito?
Às Leis ou às inteligências que não conseguiram cumpri-las?

    Em outro ponto ele nos diz:

"O nosso Pai Celestial diz-nos: Eu quero que saibam que ando continuamente na 'lâmina da navalha' da lei celestial como o objetivo de manter a confiança e honra de todas aquelas inteligências que confiam em mim por que essa é a fonte do meu poder."

    Nenhum homem honrado na Terra anda no fio da navalha ao cumprir as Leis, pois sabe que está protegido por elas. Como poderia estar o próprio Deus equilibrando-se sobre as leis?

    Eu poderia citar mais e declarar mais escrituras para apoiar o que estou dizendo, mas farei isso somente aos que me procurarem para falar sobre o assunto.