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O LIVRO DE MÓRMON

by Valfredo Melo e Souza


O autor deste texto (Valfredo Melo e Souza) é Maçom, mais não é membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Este texto foi publicado originalmente na Revista Palavra Maçônica, da Editora Cinzel. Em junho/2007

De tantos quantos, já conheci um Livro da Lei de rara presença nos juramentos maçônicos, e inédito por essas plagas – é o Livro de Mórmon. Temos irmãos mórmons? Não os conheço. O Sagrado Livro, também apelidado de “Um outro Testamento de Cristo”, conheço.
É um resumo histórico dos anais do povo de Néfi e dos Lamanitas, remanescentes de Israel. Conjunto de doutrinas e práticas dos Mórmons, religião surgida em meio ao cristianismo norte americano. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, fundada em 1830 no Estado de Nova York, condado do Ontário, por Joseph Smith, nascido em 1805, em Vermont.
Em 21 de setembro de 1823, um anjo apareceu a Joseph Smith revelando-lhe onde poderia encontrar um antigo relato escrito por um profeta chamado Mórmon, gravado em três placas de ouro com caracteres egípcios, junto com duas lentes decodificadoras, Urim e Tumim.
Anos de orações se sucederam e foi encontrado, finalmente, o tesouro. A narrativa está hoje vertida para o que se chama de livro de Mórmon, um conjunto de quinze livros em forma de Testamentos: Néfi (4), Enos, Jacó, Jarom, Omni, Mórmon (2), Mosiah, Alma, Helamã, Éter e Moroni.
A doutrina apresenta-se como a restauração dos costumes patriarcais do Velho Testamento. A poligamia [era] é um dever religioso. Espera-se a volta de Jesus Cristo. Os profetas [principais] são Mórmon e seu filho Moroni. A narrativa conta que dois mil antes de Cristo, uma tribo judaica imigrava para a região onde hoje é a América do Norte e que fora visitada por Jesus Cristo após a ressurreição, onde ele erigiu um templo e escolheu doze novos apóstolos. No ano de 320 de nossa era foram aniquilados. Mórmon profetizou que um descendente de José filho de Jacó, restabeleceria o culto. E assim foi.
No ano de 1846, Smith e seu irmão Hyrum morreram em uma prisão de Cartago. Liderados por Brigham Young, os mórmons se estabeleceram na Califórnia, em 1847. Em 1871, foram admitidos na União Americana com a condição de aceitarem as leis da Confederação.
Isto implicava o abandono da prática de poligamia, que permaneceu sendo utilizada ocultamente [por dissidentes]. Young, faleceu em 1877, [deixando várias viúvas] e cerca de cinqüenta e seis filhos. A discutida Teologia Mórmon, afirmando-se trinitária e anti heresiarca e negando a corrupção da natureza humana, assenta-se especialmente na crença do milênio (reinado terrestre divino com essa duração), na restauração de Israel, na perpetuidade da revelação dos dons da profecia, cura divina, operação de milagres e visões.
O registro antigo, assim saído da terra como se fosse á voz de um povo falando do pó e traduzido para a linguagem moderna pelo dom e poder de Deus, conforme consta da afirmação divina foi publicado pela primeira vez e dado a conhecer ao mundo em 1830. Conhecido como o Livro de Mórmon, possui origem naquelas placas encontradas em um monte perto da Vila Manchester, condado de Ontário, no Estado de Nova York.
As Placas de Néfi são dedicadas à história secular dos povos em questão e aos demais registros sagrados. As de Mórmon são comentários e continuação da história, com posteriores adições feitas por Moroni, seu filho. As de Éter, contando a história dos Jareditas, cujo resumo foi feito por Moroni.
Para a história completa, veja “Pérola de Grande Valor” e “História da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, volume primeiro, capítulo um a seis.
Bem-vindos sejam os Mórmons à Maçonaria!